obituário

Morreu professora de matemática Laurentina Madeira Benaduce


Fotos: Arquivo Pessoal

Quando criança, Laurentina Madeira Benaduce, 85 anos, se mudou de Uruguaiana para Santa Maria para morar na casa de familiares e estudar no Colégio Metodista Centenário. De personalidade forte e firme nas decisões, Laurentina se prontificava em ajudar a todos que precisassem. Casada com Raymundo Benaduce (falecido em 2004) desde 1958, o casal teve como filhos Paulo Madeira Benaduce, Carmen Benaduce Mello e Raymundo Benaduce Júnior, conhecido como Júnior Benaduce.

- A saudade vai ser grande, mas o que importa é que fomos parceiras em todos os momentos. Os ensinamentos dela eram para não guardar mágoa e nem rancor de ninguém, pois, como ela dizia, a vida é maravilhosa para perdermos tempo com mesquinharias. Seu lema era de ser feliz hoje, já que o amanhã não se pode prever. Sou muito grata a tudo o que a mãe me passou - diz a filha Carmen.

Depois de criar os filhos e fazer muito crochê e tricô, Laurentina resolveu continuar os estudos e, após os 40 anos, se formou em Matemática pela Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente, ela estava aposentada do Município e atuou por muitos anos em sala de aula. Por ser generosa, Laurentina abriu as portas de casa, nos cruzamentos das ruas Pinheiro Machado e Acampamento, para colegas de curso que não tinham muitas condiçõesfinanceiras de se manterem na cidade.

Incentivadora do estudo dos filhos, a idosa não cansava de batalhar pelos sonhos e quando perguntava a ela se estava tudo bem, a resposta de Laurentina era "cada vez melhor".

- A mãe era muito otimista, tinha uma força de pensamento incrível e gostava de acompanhar o Teatro da Mente do Padre Lauro Trevisan. Quem a acompanhava era eu, mas, muitas vezes, ela não conseguia ir e me dizia que um dia moraria em frente ao teatro - recorda Júnior.

E foi o que aconteceu quando ela foi morar na Rua Tuiuti. Admiradora da música, a idosa comprou o primeiro piano aos 60 anos e brindava aos familiares com músicas clássicas. Laurentina gostava de ouvir samba e frequentava os carnavais do Clube Caixeiral e Dores. De acordo com o filho mais novo, ela não perdia uma festa de carnaval.

Os xodós dela eram os netos Ana Paula, Ana Laura, Bruno, Camila, Guilherme e Luisa, além da bisneta Ana Bela. Laurentina adorava estar na companhia dos netos. Uma vez por ano, ela costumava ir para Miami, nos Estados Unidos, sozinha para visitar os netos. Colorada de coração, a idosa gostava de assistir aos lances do time no estádio e com familiares.

- Tínhamos relacionamento de mãe e filha. Sinto muitas saudades dela, que me dava puxões de orelha, conselhos, ríamos muito juntas - recorda a amiga Rita Pedrollo Bittencourt.

Em 16 de julho, Laurentina faleceu em decorrência de uma pneumonia. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria. 

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para [email protected] ou pelo telefone (55) 3213-7122

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